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4 mulheres mergulhadoras que fizeram história!

Muitas mergulhadoras ajudaram a escrever a história do mergulho. Se hoje em dia, essa atividade é igualitária em termos de gênero, muito se deve a essas mulheres extraordinárias!

Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo ocidental vivia um período de recuperação, mas também de avanços tecnológicos e comportamentais. Podemos citar, por exemplo, o surgimento do SCUBA e a tomada de espaço pelas mulheres em práticas que antes lhes eram negadas.

Assim, ao mesmo tempo em que o mergulho se popularizava como atividade de lazer e ferramenta de pesquisa, as mulheres passaram a se interessar pela exploração das profundezas azuis. Muitas delas se destacaram e hoje são personagens históricas do mergulho! Vamos conhecer os legados de algumas? Confira!

1. Sylvia Earle

Sylvia Earle é uma das maiores mergulhadoras de todos os tempos

Qualquer lista da história recente do mergulho estaria incompleta sem a presença de Sylvia Earle. “Her deepness” ou “Vossa Profundeza”, como é conhecida, é uma pesquisadora ficóloga (a ficologia é o estudo das algas). Seu legado, entretanto, vai muito além de sua área de pesquisa.

Como mergulhadora, Sylvia liderou a primeira expedição a um laboratório subaquático composta só por mulheres: o Tektite II. Além disso, bateu o recorde de profundidade de mergulho em 1979, atingindo 381 metros.

Sete anos depois, atingiu a maior profundidade em uma expedição solo de submarino: mil metros. Deu pra entender porque ela é conhecida como “Vossa Profundeza”?

Além dos recordes, Sylvia tem 25 doutorados e é amplamente reconhecida por seus esforços conservacionistas. Aos 83 anos, essa personagem marcante do mergulho segue bastante ativa e lidera o projeto Mission Blue, que pode ser acompanhado pelo Instagram. Você também pode conhecer mais sobre o projeto e a Sylvia Earle assistindo o documentário “Mission Blue” na Netflix!

2. Eugenie Clark

Eugenie Clark foi uma bióloga marinha e mergulhadora importantíssima por seu trabalho com tubarões

Eugenie Clark foi uma bióloga marinha especializada no estudo do comportamento dos tubarões, motivo pelo qual ficou conhecida como “Shark Lady”, a “Dama dos Tubarões”.

Em 1958, organizou um experimento com tubarões em que conseguiu treiná-los para que executassem tarefas simples, como apertar um botão em troca de recompensas.

Seu experimento surpreendeu a comunidade científica da época, pois havia uma crença generalizada de que os tubarões eram animais pouco inteligentes. Clark dedicou sua vida à preservação e ao estudo destes seres, combatendo os efeitos nocivos que a ignorância tinha sobre a vida marinha.

Como mergulhadora, ela era conhecida e admirada por sua agilidade entre os colegas de mergulho. Muitos diziam que na água, Clark se movimentava como um peixe!

3. Lotte Hass

Lotte Hass é uma das principais mergulhadoras do mundo

Lotte Hass iniciou sua carreira de mergulhadora como secretária de Hans Hass, um dos pioneiros dos documentários marinhos, que futuramente seria seu marido. Apesar de ter sido contratada como secretária, Lotte mostrou interesse pela prática e fez os treinamentos necessários com o apoio de um assistente de Hans.

Mesmo sendo contra a presença feminina em expedições de mergulho, Hans acabou cedendo após Lotte argumentar que uma mulher em trajes de banho seria, na certa, sucesso de audiência. Assim, ela participou da expedição e da filmagem de “Under the Red Sea”.

A história de Lotte é bastante representativa quanto às dificuldades enfrentadas pelas mulheres no ambiente profissional. O filme sofreu muitas críticas veladas por não ser “sério” o suficiente para o mundo acadêmico. Isso não foi, entretanto, capaz de apagar o pioneirismo de Lotte no mundo do mergulho.

4. Haenyou e Ama

Mergulhadoras tradicionais da Ásia
Mergulhadora livre do povo tradicional Haenyou. Foto da National Geographic.

Desta vez não estamos falando de uma mergulhadora, mas de povos marcados por mulheres mergulhadoras. Haenyou e Ama significam “mulheres do mar” e “povo do mar” em coreano e japonês, respectivamente.

Nestes povos, onde a economia dependia tradicionalmente da pesca, essas mulheres representavam a força econômica de suas comunidades, mostrando-se historicamente mais eficientes que os homens no mergulho livre, ou seja, sem equipamentos e na pesca de mariscos, lagostas e camarões.

Apesar de a predominância feminina ter aumentado principalmente no século XVIII, acredita-se que essa prática tenha origem milenar!

Com certeza ainda faltam nomes nessa lista de mergulhadoras. Você sentiu a ausência de alguém? Que tal deixar sugestões ou dúvidas na caixa de comentários? Aguardamos sua resposta!

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